terça-feira, 3 de janeiro de 2012



O que é?
Doença infecto-contagiosa causada por uma bactéria que afeta principalmente os pulmões, mas, também pode ocorrer em outros órgãos do corpo, como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro).
Qual a causa?
Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch (BK). Outras espécies de micobactérias também podem causar a tuberculose. São elas: Mycobacterium bovis, africanum e microti.
Quais os sintomas?
Alguns pacientes não exibem nenhum indício da doença, outros apresentam sintomas aparentemente simples que são ignorados durante alguns anos (ou meses). Contudo, na maioria dos infectados, os sinais e sintomas mais freqüentemente descritos são tosse seca contínua no início, depois com presença de secreção por mais de quatro semanas, transformando-se, na maioria das vezes, em uma tosse com pus ou sangue; cansaço excessivo; febre baixa geralmente à tarde; sudorese noturna; falta de apetite; palidez; emagrecimento acentuado; rouquidão; fraqueza; e prostração. Os casos graves apresentam dificuldade na respiração; eliminação de grande quantidade de sangue, colapso do pulmão e acumulo de pus na pleura (membrana que reveste o pulmão) - se houver comprometimento dessa membrana, pode ocorrer dor torácica.
Como se transmite?
A transmissão é direta, de pessoa a pessoa, portanto, a aglomeração de pessoas é o principal fator de transmissão. O doente expele, ao falar, espirrar ou tossir, pequenas gotas de saliva que contêm o agente


infeccioso e podem ser aspiradas por outro indivíduo contaminando-o. Má alimentação, falta de higiene, tabagismo, alcoolismo ou qualquer outro fator que gere baixa resistência orgânica, também favorece o estabelecimento da doença.
Como tratar?
O tratamento à base de antibióticos é 100% eficaz, no entanto, não pode haver abandono. A cura leva seis meses, mas muitas vezes o paciente não recebe o devido esclarecimento e acaba desistindo antes do tempo. Para evitar o abandono do tratamento é importante que o paciente seja acompanhado por equipes com médicos, enfermeiros, assistentes sociais e visitadores devidamente preparados.
Como se prevenir?
Para prevenir a doença é necessário imunizar as crianças com a vacina BCG. Crianças soropositivas ou recém-nascidas que apresentam sinais ou sintomas de Aids não devem receber a vacina. A prevenção inclui evitar aglomerações, especialmente em ambientes fechados, mal ventilados e sem iluminação solar. 
 
 10 ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS NO CONTROLE DA TUBERCULOSE
 
 

MÉDICO(A)

     Identificar os sintomáticos respiratórios em visita domiciliar na comunidade e no atendimento na UBS.
     Solicitar baciloscopia do sintomático respiratório para diagnóstico (duas amostras).
     Orientar quanto à coleta de escarro.
     Solicitar RX de tórax segundo critérios definidos no protocolo.
     Oferecer, a todo paciente com diagnóstico de tuberculose confirmado, o teste sorológico anti-HIV.
     Dar orientações gerais a respeito do agravo como, por exemplo, em relação à doença, seus mitos, duração e necessidade do tratamento.
     Iniciar e acompanhar o tratamento para tuberculose dos pacientes com tuberculose pulmonar e extrapulmonar.
     Explicar ao paciente porque o tratamento supervisionado é necessário e quem vai realizar a supervisão, nos casos que tiverem indicação.
     Convocar os comunicantes para consulta.
     Iniciar quimioprofilaxia para os comunicantes de acordo com o protocolo.
     Solicitar baciloscopias para acompanhamento do tratamento.
     Iniciar e acompanhar tratamento dos casos de tuberculose pulmonar com baciloscopias negativas e dos casos de tuberculose extrapulmonar quando o diagnóstico for confirmado após investigação em uma unidade de referência.
     Dar alta aos pacientes após o tratamento.
     Encaminhar os casos para outro nível de assistência, quando necessário, com ficha de referência/contra-referência devidamente preenchida.
     Fazer visita domiciliar quando necessário.
     Notificar o caso de tuberculose confirmado.
     Identificar efeitos colaterais das medicações e interações medicamentosas.
     Realizar ações educativas junto à comunidade.

ENFERMEIRO(A)

     Identificar os sintomáticos respiratórios entre as pessoas que procuram as unidades básicas de saúde, nas visitas domiciliares ou mediante os relatos dos ACS.
     Solicitar baciloscopia dos sintomáticos respiratórios para diagnóstico (duas amostras).
     Orientar quanto à coleta de escarro.
     Identificar, no pote, o nome do paciente.
     Fornecer o pote para a coleta do escarro.
     Enviar a amostra ao laboratório.
     Aplicar a vacina BCG. Caso não tenha capacitação para tal, providenciar junto ao gestor da UBS a sua capacitação em outra unidade de saúde.
     Fazer teste tuberculínico. Caso não tenha capacitação para tal, encaminhar para a unidade de referência.
     Realizar consulta de enfermagem mensal (conforme programação de trabalho da equipe).
     Notificar o caso de tuberculose que vai iniciar tratamento.
     Convocar os comunicantes para investigação.
     Dispensar os medicamentos para o doente. Orientar como usar a medicação, esclarecer as dúvidas dos doentes e desmistificar os tabus e estigmas.
     Programar os quantitativos de medicamentos necessários ao mês, para cada doente cadastrado na unidade básica de saúde, de forma a assegurar o tratamento completo de todos.
     Solicitar exame de escarro mensal (2, 4 e 6 meses para os doentes em uso dos esquemas básico e básico + etambutol) para acompanhar o tratamento dos pulmonares bacilíferos.
     Identificar reações adversas dos medicamentos e interações medicamentosas.
     Transferir o doente da unidade básica de saúde, quando necessário, com a ficha de referência e contra-referência devidamente preenchida.
     Encaminhar o doente para uma unidade de referência, quando necessário.
     Agendar consulta extra, quando necessário.
     Fazer visita domiciliar para acompanhar o tratamento domiciliar e supervisionar o trabalho do ACS.
     Realizar ações educativas junto à clientela da UBS e no domicílio.
     Convocar o doente faltoso à consulta. Planejar visita domiciliar.
     Convocar o doente em abandono de tratamento. Planejar visita domiciliar.
     Preencher o Livro de Registro e Acompanhamento dos Casos de Tuberculose na UBS. Atualizar os critérios de alta, verificando que a “alta por cura comprovada” foi substituída por “alta por cura”, e que a “alta por cura não comprovada” foi substituída por “alta por completar o tratamento”.
     Acompanhar a ficha de supervisão do tratamento preenchida pelo ACS.
     Fazer, juntamente com a equipe, a análise de coorte trimestral.
     Manter a ficha do SIAB (B-TB) atualizada 
     Planejar, juntamente com a equipe e coordenação municipal, estratégias de controle da tuberculose na comunidade.

AUXILIAR DE ENFERMAGEM

     Identificar os sintomáticos respiratórios em visita domiciliar na comunidade e na unidade básica de saúde.
     Convocar os comunicantes para consulta médica.
     Identificar o pote de coleta do escarro.
     Orientar a coleta do escarro.
     Encaminhar o material ao laboratório.
     Receber o resultado do exame, protocolar e anexá-lo ao prontuário (fluxograma).
     Receber o resultado da baciloscopia de acompanhamento do tratamento, protocolar e anexá-lo ao prontuário.
     Aplicar a vacina BCG. Caso não tenha capacitação para tal, providenciar junto ao gestor da UBS a sua capacitação em outra unidade de saúde.
     Fazer teste tuberculínico. Caso não tenha capacitação para tal, providenciar junto ao gestor da UBS a sua capacitação em outra unidade de saúde.
     Fornecer medicação, orientar o seu uso e a importância do tratamento. Esclarecer as dúvidas dos doentes.
     Supervisionar o uso correto da medicação nas visitas domiciliares e o comparecimento às consultas de acordo com a rotina da equipe.
     Agendar consulta extra, quando necessário.
     Convocar o doente faltoso à consulta: Planejar visita domiciliar.
     Convocar o doente em abandono de tratamento: Planejar visita domiciliar.
     Manter a ficha do SIAB atualizada 
     Realizar ações educativas junto à comunidade.
     Participar da programação e avaliação das ações.

AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

     Identificar os sintomáticos respiratórios nos domicílios e na comunidade.
     Orientar e encaminhar os comunicantes à UBS para consulta, diagnóstico e tratamento, quando necessário.
     Encaminhar ou comunicar o caso suspeito à equipe.
     Orientar a coleta e o encaminhamento do escarro dos sintomáticos respiratórios.
     Supervisionar a tomada diária da medicação específica, quando indicado, e o comparecimento do doente às consultas agendadas.
     Fazer visita domiciliar de acordo com a programação da equipe, usando a ficha do SIAB (B-TB).
     Verificar, no Cartão da Criança, a sua situação vacinal: se faltoso, encaminhar à UBS ou ao centro de saúde para ser vacinado.
     Verificar a presença de cicatriz da vacina BCG no braço direito da criança. Caso não exista e não haja qualquer comprovante no Cartão, encaminhar a criança para vacinação.
     Agendar consulta extra, quando necessário.
     Realizar ações educativas junto à comunidade.
     Participar, com a equipe, do planejamento de ações para o controle da tuberculose na comunidade.
     Manter a ficha do SIAB (B-TB) atualizada

OBS:. Fonte http://www.medicinanet.com.br/conteudos/biblioteca/4051/10_atribuicoes_dos_profissionais_no_controle_da_tuberculose.htm

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